25 de janeiro de 2007

Por que Cristo nasceu?



Por que Cristo nasceu? Por que o Filho de Deus assumiu a humanidade? “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores”' (1 Timóteo 1:15). Atanásio disse: “Cristo se tornou o que nós somos para que Ele pudesse nos tornar o que Ele é”. O Filho de Deus se tornou Filho do homem para este propósito: para que os filhos dos homens possam se tornar filhos de Deus. A. W. Tozer colocou isso da seguinte forma: “A majestade terrível da Deidade foi misericordiosamente envolvida no frágil envelope da natureza humana para proteger a humanidade”.

O nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, se tornou um homem porque não era possível para Deus salvar pecadores de qualquer outra forma. Para ser o nosso Salvador, foi necessário que o próprio Deus se tornasse um de nós, osso dos nossos ossos e carne da nossa carne. Fosse Ele somente Deus, nunca poderia ter sofrido a punição do pecado como o nosso Substituto. Fosse Ele somente homem, nunca poderia satisfazer a ira e justiça infinita de Deus contra o pecado. Mas Aquele que é tanto Deus como homem, em uma pessoa gloriosa, tanto sofreu como satisfez a penalidade da lei como o Substituto do pecador.

Atribuímos a Cristo não somente integridade natural, mas também moral, ou perfeição moral, isto é, impecabilidade. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado (potuit non peccare), e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar (non potuitpeccare), devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A impecabilidade de Cristo foi negada por Martineau, Irving, Menken, Holsten e Pfleiderer, mas a Bíblia dá claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5. Apesar de Jesus ter-se feito pecado judicialmente, todavia, eticamente estava livre tanto da depravação hereditária como do pecado fatual. Ele jamais se fez confissão de erro moral; tampouco se juntou aos Seus discípulos na oração: “perdoa as nossas dívidas” (os nossos pecados). Ele pôde desafiar os Seus inimigos a convencê-lo de pecado. A Escritura até O apresenta como pessoa em quem se realizou o ideal moral, Hb 2.8, 9; 1 Co 15.45; 2 Co 3.18; Fp 3.21. Além disso, o nome “Filho do Homem”, do qual se apropriou, parece dar a entender que Ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade.

Embora eu não possa entender nem explicar completamente a maravilha e o mistério da Sua pessoa, eu posso e na verdade confio naquele homem que é Deus como meu único e todo-suficiente Salvador. Visto que Deus se tornou homem e sofreu no lugar de homens, Ele é capaz de salvar todos que confiam nEle.

Christiano Simões Pena

Fontes:

Don Fortner, O Verbo se fez Carne.

Fonte: Louis Berkhof, Teologia Sistemática, Cultura Cristã

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