8 de abril de 2007

O verdadeiro sentido da Páscoa


Foto: FPG
Por: Renata de Aquino Barão (29 de março de 2007)

Desde quando acabou o carnaval, os supermercados, chocolatarias e lojas que vendem doces estão com grande movimento. Isso se deve à Páscoa. Os corredores já estão tomados por ovos e ornamentados com figuras de coelhos, pegadas e orelhas.

Na Idade Média, ovos eram dados em pagamentos de aluguéis de terras, e esses pagamentos eram feitos na época da Páscoa. O costume de pintar ovos veio com a cristandade primitiva. O ovo simbolizava vida e ressurreição.

Na Alemanha, encontramos a relação entre os ovos de páscoa e os coelhos. Alguns defendem que a relação entre eles é que o coelho deixava seu habitat e caçava comida durante a primavera, ou seja, páscoa na Alemanha, e por isso, escondiam os ovos. Outros crêem que, em traduções antigas, o coelho era citado como símbolo de Cristo. Outros pensam que não há relação alguma e divertem as crianças com galos, raposas ou cegonhas que trazem os ovos coloridos. Seja qual for a fiel relação, o coelho não põe ovo. Nem a raposa, já que ambos são mamíferos.

O que poucas pessoas sabem é que a Páscoa foi instituída por Deus. É a mais antiga das festas judaicas. Era celebrada ao décimo quarto dia do primeiro mês, durante sete dias consecutivos, no período do crepúsculo. Os judeus celebravam a saída do povo eleito de Deus do Egito. Os participantes se vestiam como se fossem viajar. A Páscoa passou a ser celebrada desde que Deus disse a Moisés e a Arão que cada família da congregação deveria tomar um cordeiro, ou um cabrito. O sangue do animal seria passado nas ombreiras e nas vergas das portas das casas onde seriam comidos. Na noite de Páscoa, Deus passaria pela terra do Egito, e o sangue seria o sinal de que ali não haveria a praga que destruiria todos os primogênitos, homens e animais, da terra egípcia. Esse relato é encontrado na Bíblia, no livro de Êxodo, e ainda é recitado nas celebrações pascoais entre os judeus.

A Páscoa foi celebrada por todas as nações desde então. Após a “morte” de Jesus, a Páscoa passa a ser relacionada ao seu sacrifício. Essa conexão direta se deve ao fato que Jesus é o Cordeiro Pascal por excelência, que foi dado em sacrifício por todos os homens. A semana que deveria ser santa foi resumida ao final de semana. O povo de Deus não pode mais celebrar os sete dias de festa. Mesmo que essa celebração fosse espiritual.

Apesar disso, são poucos os que lembram esse maravilhoso ato de amor. Hoje, a grande maioria vê na Páscoa motivo de viagem, de chocolates e até mesmo de coelhos. A comemoração é pelo feriado. O Cordeiro, não aquele que era sacrificado pelos judeus nos tempos remotos, mas sim o cordeiro de Deus não está mais presente.

A Igreja Católica instituiu as sextas-feiras como dias santos, em memória do sacrifício de Cristo. Nesses dias, os fiéis deveriam se abster do consumo de carne vermelha. Com isso, chegaram às mesas as famosas bacalhoadas. Conseqüentemente, caiu também o significado da ingestão de carne branca na chamada Sexta-Feira da Paixão de Cristo.

A verdade é que Deus não está interessado se as pessoas vão consumir bacalhau, frango, carne de boi, macarrão ou um alimento de qualquer espécie. Não há uma comparação para o sacrifício de Jesus na cruz. Não há como retribuir a Deus esse sacrifício com a abstinência de alimentos, ovos de chocolate, ovos pintados. Jesus não merecia estar ali. E mesmo assim ele se doou e fez a vontade do Pai.

Portanto, não faz sentido algum celebrar a Páscoa, se não há nos corações humanos o amor a Jesus. A humanidade está cada vez mais afastada das coisas de Deus. Mesmo aqueles que estão na igreja, e se estes não abrem mão das coisas do mundo, não celebram a verdadeira Páscoa.

A imagem de Cristo na cruz deve ser motivo de reflexão, de arrependimento, de perdão, de alegria. É motivo de engrandecer ao Deus que criou a tudo e a todos. É motivo de honrar e glorificar àquele que pagou pelos pecados do mundo, que sofreu em lugar de todos os pecadores. É motivo de crer que Jesus é o único Senhor e Salvador e que somente por ele pode se chegar ao Pai.

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra
Internet: Escola Dominical

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". – João 3:16

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