1 de junho de 2007

Verdades das Escrituras - 1ª Parte

Em cada despertamento espiritual existe uma nova fascinação pela Bíblia: “Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros” (Ml 3.16). É claro que nos despertamentos, também, os homens acabam se desviando e tornando-se obcecados com detalhes de teologia ou pelas doutrinas que dividem os verdadeiros cristãos. Ainda assim, uma marca de Deus abençoando uma congregação é o desejo de falarem uns aos outros acerca dos diversos, e mesmo aparentemente contraditórios, caminhos de Deus.

Gostamos muito de freqüentar igrejas ou grupos de estudo onde as pessoas discutem o ensino da Bíblia demonstrando a mesma prontidão com que outros falam de seus interesses e trabalhos. Compreender a Palavra de Deus é uma de nossas maiores alegrias.

Uma evidência de maturidade espiritual é a compreensão experimental daquelas verdades que perecem estar em conflito com outras, mas que na realidade, são como os braços do Pai envolvendo seus filhos. Ambas devem ser cridas na medida em que permanecem fundamentadas em seu próprio testemunho bíblico independente. Existe uma vasta gama de tais verdades nas Escrituras; destas, seguem cinco exemplos, que dividirei em cinco partes.

A Incapacidade Não Anula a Nossa Responsabilidade

As Escrituras deixam inequivocamente clara a total incapacidade do homem para transformar seu caráter, por suas próprias forças e vontade, tornando-se deste modo semelhante a Cristo. Isso está além da capacidade do homem. “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer”, declarou o Senhor Jesus (Jo 6.44).

O ato da verdadeira e simples fé no Senhor é impossível sem o “trazer” e sem a graciosa dádiva do Pai. Jesus novamente nos diz que, a menos que um homem seja nascido de novo, ele não pode ver ou entrar no reino de Deus (Jo 3.3,5).

Todavia, existem mandamentos com os quais Deus confronta cada ser humano. Por exemplo: “Importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7); “Deus... notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17.30); e “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração”. Estes são mandamentos sinceros? Com toda a certeza. Todas as criaturas são responsáveis perante o seu Criador. Será que tais mandamentos não pressupõem uma módica porção de capacidade? Não. Não, desde a queda de nosso pai Adão.

Deus lida com as pessoas de acordo com os padrões de responsabilidade e obrigação, e não de acordo com a medida de capacidade.

Por que, então, os mandamentos nos foram dados? Eles são uma revelação da vontade do Deus Todo Poderoso, e também farão que os homens percebam sua total incapacidade. Um dos resultados de pregarmos a incapacidade do homem é que as pessoas são forçadas a pararem de confiar em si mesmas. Isto as obriga a confiar tão somente na graça de Deus. Não é a convicção da incapacidade que mantém os homens afastados de Cristo; é exatamente o oposto: “Eu não consigo me achegar a Ele, mas preciso me achegar a Ele. Que incapacidade amedrontadora! Que tremenda responsabilidade! Quem me livrará desse dilema? Agradeço a Deus por Cristo Jesus, o Salvador que capacita”.

Christiano Simões Pena
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