29 de janeiro de 2007

Quase Lá

Por: Carlos Galvão
Foto: George Marks

Estamos todos sentados à mesa conversando animadamente sobre a criação de Deus. De repente, alguém levanta a voz, faz carinha de inteligente e começa: “Tudo bem, eu até posso acreditar que Deus existe, que criou todas as coisas como vocês afirmam, mas querer que eu acredite naquela história que Noé colocou um casal de cada animal dentro de um barco aí também é querer demais, né!”.

Confesso que essas pessoas são extraordinárias e, não raro, fazem meu chapéu pular da cabeça e dar uma pirueta no ar. São pessoas que eu carinhosamente chamo de: os “Quase Lá”.

Sim, os “Quase Lá” são capazes de grandes abstrações, eles até chegam a acreditar que Deus criou o universo, cuja extensão é incalculável; e também o Sol, cuja massa é mais de 300.000 vezes a da Terra; e cada um dos milhares e milhares de seres vivos que compõe nosso rico ecossistema. Mas, depois destes pensamentos grandiosos, abstrações de um intelectual peso-pesado, eu diria, nossos amigos dão a famosa piscadinha “comigo-não-violão” e jogam na nossa cara como um menininho mal-educado jogaria uma bolinha de papel na menina mais chata da sala: “E os dinossauros, hein?”, “E os extraterrestres, hein?”, e por aí vai. Meus amigos, meus amigos, pensem um pouco, se Deus é poderoso para criar o universo inteiro, não seria capaz de fazer uns meros dinossauros? Ou colocar um casal de cada animal dentro de um barco? E se Ele quiser ou não criar vida em outro planeta, qual o problema?

Bom, chamo estas pessoas de “Quase Lá”, porém pergunto: “Será que elas realmente chegaram perto de acreditar substancialmente em algo?” Tenho minhas duvidas, tenho minhas duvidas.

Reparem, sempre existiu esse tipo de pessoa mesquinha, que implica com as besteirinhas mais extraordinárias possíveis. Chamo de besteirinhas, pois elas não se sustentam como um argumento que refute o pensamento principal colocado em questão.

Quando Jesus fazia uma cura milagrosa, o sujeito, ao invés de dar glória a Deus, pegava um calendário e reclamava: “Mas hoje é sábado...”. Ou, depois que Jesus proferia ensinamentos brilhantes e profundos, essas pessoas riam Dele, e por quê? Porque Jesus não tinha propriedades, sim era pobre.

Ouvindo do cárcere a respeito das obras de Jesus, João Batista mandou seus discípulos lhe perguntarem se Ele era o Cristo que estava por vir, Jesus respondeu: “(...) Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. (Mateus 11:4-6)
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25 de janeiro de 2007

Por que Cristo nasceu?



Por que Cristo nasceu? Por que o Filho de Deus assumiu a humanidade? “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores”' (1 Timóteo 1:15). Atanásio disse: “Cristo se tornou o que nós somos para que Ele pudesse nos tornar o que Ele é”. O Filho de Deus se tornou Filho do homem para este propósito: para que os filhos dos homens possam se tornar filhos de Deus. A. W. Tozer colocou isso da seguinte forma: “A majestade terrível da Deidade foi misericordiosamente envolvida no frágil envelope da natureza humana para proteger a humanidade”.

O nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, se tornou um homem porque não era possível para Deus salvar pecadores de qualquer outra forma. Para ser o nosso Salvador, foi necessário que o próprio Deus se tornasse um de nós, osso dos nossos ossos e carne da nossa carne. Fosse Ele somente Deus, nunca poderia ter sofrido a punição do pecado como o nosso Substituto. Fosse Ele somente homem, nunca poderia satisfazer a ira e justiça infinita de Deus contra o pecado. Mas Aquele que é tanto Deus como homem, em uma pessoa gloriosa, tanto sofreu como satisfez a penalidade da lei como o Substituto do pecador.

Atribuímos a Cristo não somente integridade natural, mas também moral, ou perfeição moral, isto é, impecabilidade. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado (potuit non peccare), e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar (non potuitpeccare), devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A impecabilidade de Cristo foi negada por Martineau, Irving, Menken, Holsten e Pfleiderer, mas a Bíblia dá claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5. Apesar de Jesus ter-se feito pecado judicialmente, todavia, eticamente estava livre tanto da depravação hereditária como do pecado fatual. Ele jamais se fez confissão de erro moral; tampouco se juntou aos Seus discípulos na oração: “perdoa as nossas dívidas” (os nossos pecados). Ele pôde desafiar os Seus inimigos a convencê-lo de pecado. A Escritura até O apresenta como pessoa em quem se realizou o ideal moral, Hb 2.8, 9; 1 Co 15.45; 2 Co 3.18; Fp 3.21. Além disso, o nome “Filho do Homem”, do qual se apropriou, parece dar a entender que Ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade.

Embora eu não possa entender nem explicar completamente a maravilha e o mistério da Sua pessoa, eu posso e na verdade confio naquele homem que é Deus como meu único e todo-suficiente Salvador. Visto que Deus se tornou homem e sofreu no lugar de homens, Ele é capaz de salvar todos que confiam nEle.

Christiano Simões Pena

Fontes:

Don Fortner, O Verbo se fez Carne.

Fonte: Louis Berkhof, Teologia Sistemática, Cultura Cristã

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21 de janeiro de 2007

batismo X batismo


Por: Jota Arumaa
Charge: autor desconhecido


Uma das questões mais polêmicas, senão a maior das brigas entre cristãos é em relação ao batismo. Alguns extremistas dizem que o batismo por asperção não é batismo de verdade, enquanto outros afirmam que entrar numa piscina é um grande exagero.

Este post é uma oportunidade de debatermos essas idéias, mas com uma única condição: o embasamento BÍBLICO, e somente bíblico. E começo com um post intrigante de 1Co 10,1-4:

"Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo alimento espiritual; e beberam todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era Cristo."

Que o Espírito Santo do SENHOR nos dê entendimento genuíno! Amem!

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16 de janeiro de 2007

Viver Intensamente


Por: Carlos Galvão
Foto: George Marks

Não raro uma pessoa me cutuca chamando minha atenção
para algo que elas pensam ser fabuloso: elas vivem intensamente. Geralmente eu paro de ler meu livro (sou um daqueles chatos que ficam lendo livros) e abro um simpático sorriso para elas; às vezes, até dou uns tapinhas em suas costas caso o entusiasmo delas seja muito grande e respondo: “Tá bom, agora vai brincar lá fora, vai” . Sim, sim, sou um sujeito muito gentil.

Porém minha gentileza acaba quando algumas dessas pessoas puxam o livro de minha mão e gritam no meu ouvido: “Você precisa viver! Você precisa viver!” Confesso que isso me choca profundamente. Fico por horas pensando: “Será que eu não estou vivo?”. O que será que é viver intensamente? O que é viver intensamente para você, caro leitor? É pular de Bungee Jumping? É jogar uma peladinha com os amigos? Dançar? Sair à noite para beber com a galera? Imagino que a lista deve ser grande e bem pessoal. Bom, se a lista é bem pessoal, seria descortês querer que as outras pessoas vivam intensamente fazendo o que você gosta, não seria? Tenho a impressão que essas pessoas não podem tomar uma limonada que logo vem nos cutucar para falar que a bebida delas estão mais geladinhas, mais docinhas, etc, etc. Por favor, parem de me cutucar.

O que complica ainda mais é se você é um cristão sério. Geralmente, as pessoas olham para você com uma carinha de pena e pensam (às vezes, até dizem): “Coitado, que vidinha miserável esse aí deve viver”. Acordar cedo no domingo para ir à Igreja? Ir para um retiro espiritual no carnaval? Ler a Bíblia? Fazer parte do coral da Igreja? Não se embriagar? Etc, etc. Você pirou? Isso aí não é viver intensamente cada minutinho! Mas, viver intensamente não seria fazer o que gosta, o que realmente o deixa feliz? Se é isso, para a decepção de alguns, confesso ser muito feliz sendo cristão e lendo meus livros.

Tem mais uma coisa que eu gostaria de dizer: não existe esse negócio de viver intensamente! Ninguém olha para um defunto e diz:”Nossa, aquele ali está morto intensamente”. Ou você está vivo ou morto, não há graus nisso. Agora, se você traduz viver intensamente como eu disse: fazer o que realmente gosta. Então pare de me cutucar e puxar meu livro.
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