22 de janeiro de 2008

Quanto vale a dignidade de um homem?


Por: Jota Arumaa

Pintura: autor desconhecido

A dignidade humana. Tema de tantos debates, tantas manifestações... Tudo em nome da tão preciosa dignidade. Essa palavra tão bonita, tão nobre, tão digna de si mesma! Certamente não é qualquer um que merece tanto pundonor, não é verdade?

Lucas 7.1-10
“Quando acabou de proferir todas estas palavras aos ouvidos do povo, entrou em Cafarnaum. E um servo de certo centurião, de quem era muito estimado, estava doente, à morte. O centurião, pois, ouvindo falar de JESUS, enviou-lhes uns anciãos dos judeus, a pedir-lhe que viesse salvar o seu servo. E chegando eles junto de JESUS, rogavam-lhe insistentemente, dizendo: É digno de que lhe concedas isto; porque ama à nossa nação, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Ia, pois, JESUS com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou o centurião uns amigos a dizer-lhe: Senhor, não te incomodes; porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; por isso nem ainda me julguei digno de ir à tua presença; dize, porém, uma palavra, e seja o meu servo curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. JESUS, ouvindo isso, admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: Eu vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. E voltando para casa os que haviam sido enviados, encontraram o servo com saúde.”

Engraçado como as pessoas dão mais valor para as coisas requintadas. Me parece que o requinte é bem mais aceitável do que uma manifestação de amor, de abstinência, de serviço genuinamente desinteressado; afinal, o requinte é chique, e nunca sai de moda. Quantas pessoas você conhece e são capazes de dar as costas para o requinte? Pois JESUS nos enxerga de maneira muito diferente, enxerga a essência, o coração.

Muitos realmente acreditam que o ser humano é digno de alguma coisa pelo simples fato de sermos racionais e inteligentes, de nos emocionarmos, de fazermos uma bondadezinha ou outra de vez em quando. Em verdade, aquele centurião era digno do SENHOR. Não porque era simpatizante dos judeus, não pelo fato de ter construído uma igreja para aqueles religiosos, não por ser o homem de maior posição naquela cidade. Ele era digno porque tinha consciência que ele não possuía dignidade alguma diante de JESUS CRISTO.

Quanto vale a dignidade de um homem? Vale uma alma para DEUS.


Sl 62.9

"Certamente que os filhos de Adão são vaidade, e os filhos dos homens são desilusão.”
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15 de janeiro de 2008

Vejam e escutem os meninos sentados nas praças!


Imagem: autor desconhecido
Por: Carlos Galvão

Há uma frase que li recentemente de um personagem do escritor austríaco Hofmannsthal que gostei muito, por favor, permita-me citá-la:

“Daí testemunho: fui presente,
Ainda que ninguém me conhecesse”.

Essa frase poderia ter sido dita por Jesus, o Filho unigênito de Deus, o Verbo encarnado, o que era desde o princípio. Ele esteve aqui entre nós e ninguém o conheceu verdadeiramente.

Se você acha que tudo isso é besteira, que Jesus não é Deus, então essa frase é perfeita para você. Imagine, Deus se encarnou para salvar a humanidade e ninguém deu a menor bola. Terrível, né? Repare, se Jesus é realmente Deus, isso muda a vida de todo mundo, até dos que não acreditam nisso. Sendo tão importante essa informação, meu caro, naturalmente que todos deveriam conhecer a vida de Jesus, até mesmo para não acreditar que Ele é Deus. Certamente quando você conhecer as falas, as opiniões, as atitudes, etc, etc, de Jesus, poderá fazer um bom julgamento a respeito. Para isso, basta ler os evangelhos que são um relato de alguns homens que andaram e conviveram com Jesus ou que viveram na mesma época (Mateus, Marcos, Lucas e João). Por favor, não tente construir uma opinião sem primeiro ler a respeito.

Bom, que Jesus existiu, não há a menor dúvida. Temos provas históricas irrefutáveis. E se você acredita que Jesus é realmente o Cristo, o Filho de Deus, então esta frase também é perfeita para você. Não que você não o conheça. Não digo isso. Mas nossa fé é pequena...

Mateus 17:20
“E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível”.

Explicarei melhor. Em Mateus 11:2-6, João Batista quer saber se Jesus é mesmo o messias.

“Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. (Mateus 11:2-6)

Quem duvidou da natureza de Jesus foi o mesmo João Batista que pouco antes o havia batizado:

Mateus 3:13-17
“Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.

Conversando sobre essa passagem, minha querida amiga Pâmela disse algo muito interessante, que Deus tem paciência de sanar nossas dúvidas a Seu respeito e até gosta de revitalizar nossa fé, mesmo que nossas perguntas sejam sempre as mesmas. Até João Batista duvidou, em certo momento, que Jesus era de fato Deus e mandou seus discípulos irem perguntar-Lhe.

Jesus, pacientemente, respondeu. E ainda deu testemunho a respeito de João:

Mateus 11:7-15
“Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele. Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça”.

Sim, João Batista, aquele mesmo de quem Jesus diz: “(...) entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista” teve dúvidas.

Leia esta parábola interessante que Jesus conta:

Mateus 11:16-19
“Mas a quem hei de comparar esta geração? É semelhante a meninos que, sentados nas praças, gritam aos companheiros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não pranteastes. Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras”.

Aqui Jesus está falando que Deus enviou profetas com dizeres pesados (entoando lamentações), sobre o juízo de Deus, morte e destruição, mas ninguém se importou. Da mesma forma, que não se importaram quando Deus enviou Seu Filho para falar de vida, amor e redenção. Simplesmente ninguém deu ou dá bola.

Se você acha que Jesus não é Deus simplesmente porque ninguém dá bola ou porque o mundo seria diferente se Ele fosse realmente Deus, cuidado! A maioria das pessoas procura um meio de desqualificar os profetas de Deus (inclusive Jesus), e fazem isso como crianças mal educadas, com calunias e difamações ridículas. Repare como os cristãos dos nossos dias que moldam suas vidas pela moral cristã são ridicularizados. Falo isso só para ressaltar como a parábolas dos meninos sentados na praça é verdadeira independente da época.

Mas, volto a repetir, se Jesus é Deus, isso afeta a vida de todos, é preciso ter certeza. Primeiro, porque se Deus existe, a vida é muito mais rica e complexa que possamos imaginar e a eternidade é, não somente possível, mas uma promessa. Segundo, se Deus existe, e se Jesus é Deus, então estas palavras que Ele proferiu são bem pesadas:

Mateus 11:20-24
“Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido: Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá, no Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma do que para contigo”.

Como disse a Pâmela, se sua fé está abalada, se você tem muitas dúvidas, não se preocupe, basta perguntar para Deus. Sim, Ele responde com paciência e prazer.

Mateus 11:28-30
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.

Sim, Deus existe, meu caro, e a vida é muito curta para tentar achar respostar sobre outros assuntos. Leia os evangelhos.

Para os que acreditam:

1 Pedro 1:3-5
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”.

Hebreus 10:23
“Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel”.
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1 de janeiro de 2008

As pequenas verdades de cada um.

Imagem: autor desconhecido
Por: Carlos Galvão

Antes de começar este post, permitam-me abrir as janelas para que os primeiros arzinhos de 2008 entrem. Ah, sim, mais um ano começa, como sempre cheio de expectativas maravilhosas... Ah, a doce esperança de um ano bom! Para vocês, naturalmente, pois eu faço parte da seleta e enigmática sociedade secreta dos melancólicos (me desculpem, mas eu sou muito enigmático e profundo. Sou sim, podem perguntar pra minha mãe).

Todo fim de ano, gosto de fazer algumas promessas para mim mesmo no sentido de tomar algumas atitudes. Este ano não fiz nenhuma, haja vista não ter cumprido as que fiz no final do ano retrasado, de 2006 para 2007. Havia resolutamente decidido que em 2007 eu haveria de sempre, sempre, em absolutamente todas as ocasiões, fazer uma entrada triunfal. Com um giro, uma cambalhota, uma corridinha seguida de uma parada brusca com uma sutil derrapadinha, etc, etc. Confesso que foi muito frustrante não ter feito nenhuma entrada triunfal em 2007 (fiquei um pouco mais amargo). Talvez eu comece em 2008 minhas entradas triunfais...

Mas vamos deixar as promessas de lado e nos concentrar em algo mais relevante (embora fazer uma entrada triunfal seja sempre muito importante para mim – ah, pobre, pobre Carlos, sempre carente da atenção dos outros). Não quero falar aqui das nossas idiossincrasias, porém das pequenas verdades que carregamos. Não digo mentiras ou quase verdades, mas pequenas verdades que, penso eu, são nada mais que ilusões de Grandes Verdades.

Por favor, permitam-me explicar. Nossas vidas estão permeadas de pequenas verdades. Sim, não vejo nada demais nisso. O problema, meus caros, é tampar os olhos para as Grandes Verdades, aquelas que subsistem independentes do tempo e das circunstâncias.

Minha tese é que nossas pequenas verdades têm que se filiar às Grandes e não o contrário.

Por exemplo, achamos que pecado é o ato mau que praticamos no mundo. Desta maneira, praticar atos bons no mundo é não pecar. Mas não é bem assim, pois os nossos atos no mundo são apenas um fim ou um desdobramento. Digo isso para apontar para uma Grande Verdade: todo homem é pecador (independentes dos atos).

Romanos 3:9-12
“(...) Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”.

Não digo que praticar atos bons seja ruim ou não leve a uma vida de santidade. Não afirmei tal coisa. Perceba, o que afirmei é que praticar atos bons a fim de levar uma vida de santidade é uma pequena verdade, ou seja, ela só é verdade debaixo de uma Grande Verdade.

Não entendeu? Calma, calma. Vejamos, a ciência, por exemplo, é composta quase que totalmente por pequenas verdades. O que parece uma verdade última para nós hoje, amanhã pode ser mudada ou invalidada.

Leiamos uma passagem em que Jesus confronta os fariseus e nos presenteia com uma bela e sábia parábola.

Mateus 15:1-20
“Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. Então, aproximando-se dele os discípulos, disseram: Sabes que os fariseus, ouvindo a tua palavra, se escandalizaram? Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada. Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco. Então, lhe disse Pedro: Explica-nos a parábola. Jesus, porém, disse: Também vós não entendeis ainda? Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina”.

Para entender melhor essa passagem, é preciso saber que nesta época Jesus estava fazendo grandes milagres para multidões. Acabara de fazer a primeira multiplicação dos pães e dos peixes. Em Mateus 14 há uma passagem que ilustra bem isso:

Mateus 14:34-36
“Então, estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré. Reconhecendo-o os homens daquela terra, mandaram avisar a toda a circunvizinhança e trouxeram-lhe todos os enfermos; e lhe rogavam que ao menos pudessem tocar na orla da sua veste. E todos os que tocaram ficaram sãos”.

Reparem, nos primeiros versículos de Mateus 15:1-6 (que tomo a liberdade de reproduzir novamente), podemos notar que os fariseus, atraídos pelos grandes feitos de Jesus, resolveram ir ao encontro Dele para testá-Lo ou desautorizá-Lo. Lavar as mãos é apenas uma desculpa mesquinha que eles usaram.

Mateus 15:1-6
“Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem. Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição”.

Aqui Jesus não nos mostra que o ato é bom ou ruim em si mesmo, mas que ele está filiado a uma Grande Verdade que é a Palavra de Deus. Todos os atos humanos são pequenas verdades, válidas somente para nós mesmos e que se desmancham no tempo e no espaço. Para que nossos atos sejam realmente bons, eles devem necessariamente expressar a bondade da Palavra de Deus que é perfeita e imutável. Cuidado, meu caros, com suas pequenas verdades!

Mais adiante, nesta passagem de Mateus, Jesus nos mostra através da parábola a origem do pecado. Repare que o pecado vem antes do ato material de pecar.

Mateus 15:10-11
“E, tendo convocado a multidão, lhes disse: Ouvi e entendei: não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”.

Mateus 15:18-19
“Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.

Não é o ato material de pecar que nos fazem pecadores, mas nossa essência humana decaída. E aqui reproduzo talvez a passagem bíblica mais pesada de todas:

Gênesis 6:5-6
“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”.

Naturalmente que não é por sermos essencialmente pecadores que continuaremos a pecar inadvertidamente.

1 Samuel 15:22
“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”.

Aqui, essa passagem de Samuel nos mostra que nossa obediência à Palavra de Deus não deve ser algo que o sacrifício por cumpri-las é uma maneira de se redimir dos pecados, mas devemos obedecer por temor e consciência de que quem nos chama para uma vida de santidade é o próprio Deus. E a Lei em si mesma é uma benção:

Deuteronômio 4:6-8
“Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente. Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?”

A questão da obediência à Palavra de Deus se torna clara somente na vinda de Jesus, quando este nos dá sua verdadeira dimensão quando fala:

João 4:23
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”.

Não é no ato, mas o que vem antes do ato, o que nasce no coração. Por isso, o farisaísmo é em sua essência anti-cristão. Por outro lado, se nosso coração é importante para Deus, o SENHOR está mais perto de nós que imaginamos. Isso é muito bom, ter o Deus Eterno ao nosso lado. Aqui chegamos ao verdadeiro Cristianismo: Deus se importa conosco. Os mandamentos de Jesus, amar a Deus e aos nossos próximos, ganham um sentido maior, mais profundo. Por isso, o apostolo Paulo escreve aos coríntios sobre a importância do amor:

1 Coríntios
13:2
“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”.
13:13
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”.

Aquele que não faz das pequenas verdades a base de sua vida, que não se deixa guiar por preceitos e tradições de homens, mas que procura as Grandes Verdades como fundamento, estes sim são sábios.

Lucas 6:39
“Propôs-lhes também uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco?”.

Eu pessoalmente, mesmo que meus atos não sejam grandes coisas no fim das contas, possuo o bom hábito de colocar a Bíblia como uma Grande Verdade na minha vida.

Mateus 13:10-16
“Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados. Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem”.

“Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem”.

Escolha você também suas Grandes Verdades. 2008 é um bom ano para começar. Feliz 2008!

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