29 de março de 2007

Não Vos Conformeis com este Século – 2ª parte

Imagem: pintura de Magritte
Por: Carlos Galvão

Romanos 12:2 – “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.


Quando afirmo que a bondade humana é um monstrengo do pântano que se esforça para agradar, sinto por vibrações telepáticas que isso confunde ou desagrada a alguns. Posso até escutar a vozinha esganiçada da senhora Woodwardson dizendo “Como assim!?” com um misto de horror e espanto, sinto suas palavras cortarem ar na medida que sua peruca dá um pulo da cabeça e seu pince-nez cai entre os seios.

Calma, calma, meus caros, explicarei. Mas antes de prosseguirmos, gostaria de insistir amavelmente que estou fazendo uma distinção entre bondade humana e Bondade de Deus. Para algumas pessoas, pecado é o contrário de bondade ou virtude, porém este é um conceito platônico. Aqui nos filiaremos ao conceito de Kierkegaard, o oposto de pecado é a fé. Vamos entender o por quê disso - se o oposto de pecado é a bondade, nós podemos deixar de ser pecadores sendo bons. O que acreditamos ser impossível, haja vista que até nossos pensamentos mais profundos são repletos de inveja, avareza, contenda, cobiça, maledicência, injustiça, vaidade, etc, etc. Desta forma, nessa perspectiva não haveria redenção para o ser humano.

Leiam Salmos 14:3 – “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. E Paulo corrobora em Romanos 3:10-12 - “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”.

Mas, se entendemos que o oposto de pecado é a fé, nós deixaremos de ser pecadores se confiarmos que o próprio Deus nos redima, ou seja, não depende da gente. E o cerne do Cristianismo é justamente este: Que Jesus Cristo, Filho unigênito do Deus vivo, morreu na cruz para pagar nossos pecados. É justamente aí que está a diferença entre bondade e Bondade, não podemos de maneira alguma nos deslocar da Bondade de Deus que está na sua Palavra, nos seus Mandamentos, e confiarmos na nossa bondade humana. Nossa ancoragem deve ser sempre nas Leis do Senhor.

Sobre os Mandamentos, podemos ler em Deuteronômio 4:6 – “Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente”.

Então temos que ser legalistas? Bom, o que é ser legalista? Se for seguir a Lei de Deus, respondo que sim. Porém, se significa sermos hipócritas, afirmo que não. Como disse, se há pecado até nos nossos mais profundos pensamentos, como seremos perfeitos? Se não somos perfeitos, por que exigir perfeição dos outros? Temos que buscar nossa própria perfeição e perdoar as falhas dos outros, pois Deus nos perdoa.

No post anterior, fiquei de falar sobre o politicamente correto, mas até agora nada. Sim, sim vamos chegar lá. Antes, meus caros, gostaria de lembrá-los que todo meu esforço até agora foi derrubar a bondade humana. “Ora bolas, por que será?”, pergunta o conde Oblowitz com um arzinho blasé e continua “Por que não deixar que cada um seja bom como queira? Que mal há nisso?” Respondo com um tapão na nuca do conde: “Porque as maiores atrocidades da história foram feitas em nome dessa bondade”. No começo do Nazismo, por exemplo, os discursos eram lindos, em favor do povo, da cultura, contra a pobreza e a opressão. No Comunismo, acontece a mesma coisa. E por aí vai, milhares e milhares são mortos, torturados e perseguidos em nome dessa bondade. Poderíamos citar vários casos, acredite não há limites para a maldade do homem quando ele acredita que está sendo bom, que sua ação é bondosa.

Agora, finalmente, entra o politicamente correto. Mas, espere um pouco, por favor, antes acredito ser importante recordar alguns movimentos filosóficos cujo objetivo foi acabar com o Teocentrismo e instaurar o Antropocentrismo, ou o Humanismo, etc. Primeiro, o Iluminismo que através da razão o homem chega ao entendimento pleno de todas as coisas. O Evolucionismo que faz do homem um ser em constante aprimoramento em direção à perfeição. E, talvez, o ponto máximo da autocentralização do homem, o Niilismo nietzschiano no qual o homem, através da sua vontade de poder, constrói seu destino e é o único responsável por ele. Poderíamos falar de outras correntes filosóficas que influenciam o pensamento em nossos dias, porém estas três já nos dão uma idéia do culto que o homem faz de si mesmo. Agora sim, vamos ao politicamente correto conscientes que este se forma a partir dessas e outras correntes filosóficas. Percebam, o politicamente correto não passa de uma forma bonita e simpática de sermos bons por nós mesmos, sem nos filiarmos às Leis de Deus. Isso é desastroso e já começou a entrar sutilmente nas igrejas, fazendo com que abandonemos a Palavra de Deus (muitas vezes sob a acusação de sermos legalistas).

Reparem como estes discursos penetram nas igrejas, primeiro se revestem de sofismas desconstrucionistas (você se lembra do texto anterior, não é?). Você se recorda que uma característica peculiar ao desconstrucionismo (ou pós-modernismo, ou multiculturalismo) é esvaziar e distorcer os sentidos das palavras a fim de as moldarem em favor de seus discursos? Assim, a verdade não está nos fatos, na realidade, mas no poder das palavras e do discurso. Por exemplo, se uma pessoa é fiel às Leis de Deus, logo é acusada de ser legalista no sentido de ser hipócrita. Mas quanta diferença, que engodo! A gente não pode tratar uma pessoa que segue a Lei de Deus dessa forma; hipócrita é justamente o contrário, aquele que não procede conforme os Mandamentos de Deus. Jesus não disse que devemos amar ao próximo como a nós mesmo? Então uma pessoa que vive de acordo com os Mandamentos de Deus não deve ser hipócrita (se é, é por que não pratica a Palavra de Deus).

Temos que ficar atentos com os temas que se revestem de bondade e compreensão – distorcidos pelo pós-modernismo - como o feminismo, o homossexualismo, o aborto, a violência, a ecologia, etc, etc. Eles estão entrando nas igrejas, descentralizando a Palavra de Deus e colocando a bondade humana como centro. E se você fala que está errado, é logo chamado de legalista ou coisa pior. Lembre-se: não há maldade maior que de uma pessoa que acredita na própria bondade.

Temos que ler, estudar e meditar na Palavra de Deus e pedirmos, através de oração, sabedoria ao Senhor. Somente assim, com Espírito Santo nos capacitando, teremos maturidade para perceber e refutar esses discursos aparentemente bondosos.


Leiam aqui o exemplo de um discurso fajuto, imbecil.
Vocês têm alguma dúvida que foi escrito por algum esquerdista que pensa que tudo é parte de uma luta de classes? O povo não pode crer em Deus; aliás, quem inventou Deus foram os maldosos aristocratas para ludibriarem o povo e o dominarem.

Leiam este texto aqui para entenderem um pouco mais como se dá as distorções de perspectivas nos discursos desconstrucionistas (tudo em nome de uma falsa bondade).
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26 de março de 2007

Não Vos Conformeis com este Século – 1ª parte


Foto: pintura de Magritte
Por: Carlos Galvão

Romanos 12:2 – “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

O texto que vou escrever se divide em 3 partes e refere-se ao pensamento vigente, ou seja, a modinha de pensamento de nossos dias que nos oprime e nos puxa para longe da Sabedoria de Deus. Neste primeiro texto, abordarei o desconstrutivismo (ou pós-modernismo, ou multiculturalismo – são a mesma coisa); no segundo, o politicamente correto e no terceiro, o Marxismo. Como o tema é meio pesado, e para facilitar a vida de vocês, resolvi escrevê-lo usando uma bela e multicolorida gravata-borboleta, espero que ajude.

Tudo começou com o suíço Ferdinand de Saussure e sua nova concepção da Lingüística. De acordo com Saussure, para haver um estudo lingüístico sério, é preciso separar a língua da fala. Ou seja, a língua, objeto de estudo, não poderá ter referência na exterioridade, no mundo. E o significado de uma palavra é sua negação, sua diferença. Por exemplo, quando eu falo de uma cadeira não me refiro a um objeto no mundo, mas a um signo que significa a não-mesa, não-porta, a não-lâmpada, etc, etc.

O desconstrucionismo pega carona na teoria de Saussure, como nos mostra o professor-filósofo Olavo de Carvalho:

“O sacerdote supremo do desconstrucionismo, Jacques Derrida, joga essa premissa (de Saussure) contra as pretensões científicas da própria lingüística, ao concluir daí que, se a língua é um sistema de diferenças entre signos, ela não tem qualquer referência a um "significado" externo. Tudo o que o ser humano diz, escreve ou pensa é apenas a exploração das possibilidades internas do sistema. Não tem nada a ver com "realidade", "fatos" etc. O universo inteiro ao alcance do pensamento humano é constituído de "textos" ou "discursos", mas, como não há nenhuma realidade externa pela qual esses discursos possam ser aferidos, não tem sentido falar de discursos "verdadeiros" ou "falsos". Não existe representação da realidade. Todo discurso é livre invenção de significados”.
(O sucesso do fracasso, Olavo de Carvalho - Diário do Comércio, 27 de novembro)

Desta forma, não podemos falar de verdades absolutas e, principalmente, não há donos da verdade. Bom, né? Nenhum argumento é melhor que outro, pois cada um tem sua verdade, seu ponto de vista e temos que respeitar a individualidade das pessoas, etc, etc. Aqui volto a insistir para termos cuidado com o que é bonzinho (este aparente bem intencionado monstro do pântano). Percebam, esta perspectiva é maliciosa, caótica e - por que não dizer - imbecil.

Nossa época é marcada pelo desconstrucionismo (ou Pós-Modernismo, ou Multiculturalismo). Prestem atenção no discurso dos intelectuais, professores, universitários, jornalistas, artistas, etc, etc. Primeiro, apropria-se de um discurso, esvazia seu sentido natural e usa-o com o sentido que se deseja. Naturalmente, isso gera contradições evidentes, mas como as pessoas não prestam atenção nas sutilezas do significado, acabam aceitando todo tipo de bobagem.

Recentemente assisti a uma entrevista de um escritor mulçumano adepto do multiculturalismo, ele reclamava das críticas conservadoras de alguns intelectuais de direita ao crescimento do Islamismo na Inglaterra. Primeiro, ele não mencionou em momento algum os países islâmicos que são proibidos de pregar o Evangelho, ele não falou que na Inglaterra - apesar de ser um país cristão - é permitido pregar livremente o Islã e, o mais engraçado e patético, ele se colocou no papel de vítima como se os conservadores de direita que estão criticando o avanço do Islamismo não tivessem o direito de fazê-lo. Mas como? Se os conservadores começaram a resistir é por que há liberdade para o Islamismo existir, crescer e se constituir com uma voz válida. Permitam-me perguntar: “Por que esse escritor mulçumano quer tirar a liberdade dos conservadores de terem também uma voz (de resistência que seja)?” É coerente isso? Que absurdo! Se alguém levanta a voz para defender a cultura do próprio país ele é um calhorda sem coração? Pois é, as pessoas que escutam o escritor mulçumano morrem de dó, falando que os malvados conservadores não respeitam a cultura do pobre, são fascistas, reacionários, etc, etc. Mas, perceba, é o contrário.

Fiquem atentos às contradições. No post anterior, falei do ataque ao cristianismo através de leis que nos proíbem de declarar que o homossexualismo é uma pratica errada. Percebam, os cristãos foram atacados, fomos proibidos de expressarmos nossos pensamentos, nossa fé, agora adivinha quem é o vilão da história! Somos nós cristãos! Somos legalistas, hipócritas, quadrados, fascistas, etc, etc. Hoje o marginal tem direito de roubar e matar, pois a sociedade é injusta, não lhes deu educação (Como uma pessoa pode ser referir a uma sociedade que ele mesmo nega infringindo suas leis?). Os filhos têm direito de destratarem os pais, pois “os velhos” não sabem o que é ser jovem (imbecil ao extremo, né?). Quase toda semana um esquerdista exige com lágrimas nos olhos que os maldosos militares paguem os crimes da ditadura! Você já viu algum país comunista sem ser ditatorial? Vocês já ouviram alguma pessoa de esquerda acusarem as atrocidades de Cuba, da China, da URSS? Eles até babam para falar do ótimo sistema educacional de Cuba, mas nunca mencionam que os cubanos são proibidos de terem bóias e pés-de-pato para não fugirem nadando! (Eu imagino como um país assim deve ser bom!) Legal mesmo é falar mal dos EUA, um país que as pessoas arriscam a vida para entrar. Percebam, o desconstrucionismo não é capaz de negar a realidade de fato. Basta olhar para o mundo, para os acontecimentos, e ver a estupidez do discurso dessas pessoas. Desconstrucionismo é o contraditório, o imbecil. E as pessoas, como se estivessem hipnotizadas, não percebem isso e repetem de maneira burrinha os mesmos pensamentos falhos.

Os ataques ao Cristianismo pelos descontrucionistas são enormes. A Bíblia passa a ser considerada só um monte de historinhas, fábulas, sem um sentido próprio, sem coerência, sem autoridade, fora de sua época. Religião? Bom, cada um tem a sua, né? Igreja? Para que ir à igreja? Para escutar um pregador prepotente que acha que possui a interpretação correta das Escrituras só por que a estudou e pede a Deus que o ilumine? Cada um pode interpretar da maneira que quiser, não é mesmo? Por isso há tantas igrejas (sobretudo evangélicas) diferentes, com doutrinas contraditórias que possuem a Bíblia como base e - não se assustem - todas são válidas! Que besteira!

Declarar que a Bíblia é a Palavra de Deus, que é nossa única regra de fé e prática é importantíssimo. Devemos estudá-la com seriedade e fazer as ancoragens de nossos discursos sempre nela (não pode haver deslocamentos). Além de pedir sabedoria a Deus sempre, para nós e para o resto da população, pois o caos do nosso país não é por acaso e não afeta somente a nós Cristãos.

Referências - mais textos do Olavo de Carvalho:

Aqui o texto citado: O Sucesso do Fracasso

Aqui e aqui, outros textos interessantes.

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18 de março de 2007

Ah, a bondade humana!


Foto: Jakob Helbig
Por: Carlos Galvão

Foi aprovado no Plenário da Câmera Federal o projeto de lei que puni qualquer tipo de reprovação ao homossexualismo. O citado projeto agora está para ser aprovado pelo Senado sob o número PLC 122/2006. Confiram
aqui.

Ah, meus caros, horrorizado, vejo o movimento gay entrar na minha sala, agarrar-me pelo colarinho e sacudir-me energicamente gritando: “Você tem que nos amar! Você tem que nos amar!” Bom, livro-me de suas mãozinhas rápidas e carentes que me coagem e consigo escapar pela porta dos fundos onde me refugio no seguro e confortável recanto dos meus pensamentos. E mesmo neste lugar agradável, repleto de belíssimos jardins imaginários, pequenos tentáculos de recordações sombrias me alcançam. Sim, lembro-me agora de uma frase em particular que achei extraordinária e que agora compartilho com vocês, caros leitores. Alguém testemunhava sobre uma despudorada manifestação de carícias homossexuais em um local público (gesto que tende a cair na absoluta banalidade, caso a lei citada entre em vigor), ao ouvir o caso, uma senhora cuja bondade era tão imensa que lhe escapava pelas orelhas, disse suspirando: “Que bonito!”. Insisto que esse comentário reflete a mais pura bondade humana de tolerância e amor ao próximo. Ah, a Bondade Humana, esse simpático Monstro do Pântano que quer nos conquistar.

Gostaria de ver a expressão de bondade e aprovação na cara desta amável senhora se ela descobrisse que os filhos são homossexuais (ou os irmãos, tios, pais, avós, etc, etc). Essa é a principal diferença entre a bondade humana e a bondade de Deus, Marcos 12:31 “(...) Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Ou seja, devemos desejar para as pessoas o que desejamos para nós mesmos. E mesmo que ela fosse tolerante, não acredito que seria indiferente, que não sentisse pelo menos uma pontinha de repulsa.

Confiram a Carta de Paulo aos Romanos 1:22-27: “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro”.

Por favor, reparem na última parte da citação da carta aos Romanos: “(...) e recebendo em si mesmos, a merecida punição do seu erro”. Acredito que essa punição seja a inevitável repulsa, estranhamento, que sentimos ao nos depararmos com o homossexualismo. Estou sendo preconceituoso? Não, de forma alguma, estou apenas mostrando um fundamento Bíblico para nosso comportamento. Esse comportamento é evidente, absolutamente claro, mente quem o nega, inclusive os homossexuais. Pensem no movimento homossexual cujo emblema é: “Orgulho gay”. Eles precisam dizer que tem orgulho de si, pois isso é imperceptível, ou seja, eles precisam recorrer a uma palavra para capturarem e trazerem para junto de si o orgulho que lhes faltam. Sim, é uma questão filosófica e semântica, mas que nos dá uma boa pista do estranhamento que os homossexuais sentem por si mesmos.

Alguém aqui, digamos, já entrou em uma festa gay ou na sede do movimento gay e disse que aquilo estava errado e ameaçou prendê-los? Imagino que não, então por que eles querem entrar nas nossas igrejas, dizer que o que acreditamos está errado e, por isso, seremos presos (de 2 a 5 anos)? Estão nos proibindo de sermos cristãos, estão atacando a família, estão preparando o terreno para aprovarem o aborto, a eutanásia, entre outros. E tudo isso em nome da tolerância e do amor que a Bondade Humana, esse simpático Monstro do Pântano, nos impõem.

P.S. Os homossexuais nos agarram energicamente pelo colarinho e gritam: “Você tem que nos amar! Você tem que nos amar!” Permitam-me perguntar: “Se você acredita que o comportamento dessas pessoas é errado de acordo com as Leis de Deus, tornando-os alvos da ira divina, não será um ato de amor alertá-los, de ser contra?”.
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10 de março de 2007

O Combate à Inflexibilidade Insensata

Por: Rev. Charley Fernandes
Foto: Daly & Newton

1 Timóteo 5:1-2:

"Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza".

Uma tendência universal

Eclesiastes 4:13 – “Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que já não se deixa admoestar”.

  • À medida que aumenta a nossa idade, aumenta também nossa inflexibilidade, em todos os aspectos;
  • Observe que o texto enfatiza que a pobreza e sabedoria deste jovem está inversamente relacionada à sua aceitação à exortação;
  • Jovens e velhos têm essa tendência plena em suas vidas;

Vejamos algumas das tendências do homem à medida que aumentam seus dias:

1. Inflexibilidade Emocional

  • Temos a tendência de reagir de forma cada vez mais séria e desprovida de emoções às situações que somos expostos.
  • Igualmente poderemos conter o choro e as manifestações públicas de emoções, como se fossem demonstrações de fraqueza;
  • Qual o verdadeiro motivo que nos leva a aceitar mais a ira do que o choro?
  • Por causa dessa inflexibilidade, não interagimos tão bem como as crianças e jovens;
  • A prova evidente disso é que o diálogo entre um jovem e um velho sempre tende à alteração de voz – não argumentação sadia e respeitosa;
  • A orientação bíblica é no sentido de não perdermos o contato – exorta, como Pai – Mãe – irmão – irmã.

2. Inflexibilidade Moral

  • A rigidez emocional pode ser só uma máscara para a rigidez mais profunda – a moral;
  • Constantemente o intemperante esconde algo com sua grosseria;
  • O mais velho tem a tendência de achar seus conceitos ultrapassados e não aceitos hoje – medo do ridículo. Por isso, em muitos casos, não abre suas convicções e estilo de vida. Constantemente há uma confusão destes conceitos com a moralidade, daí o fechamento do mais velho;
  • Deve-se exortar o mais velho como a um pai, ou seja, inversamente à sua tendência natural, e coerentemente à sua espiritual – a do Pai;
  • Pode não parecer, mas o velho sábio leva tempo pra exortar. Obviamente que isto não é uma regra geral para todos os mais velhos, considerada a personalidade de cada um. Contudo, há no mais velho uma prudência maior para fazer considerações e para expor seus pensamentos;
  • Desta forma, uma aparente rejeição pode significar tanto medo do ridículo, quanto ocultação de um problema moral.

3. Inflexibilidade Espiritual

Além de problemas morais da vida, o intemperante pode ocultar problemas da sua alma. Veja os textos:

Salmos 43:5 - “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.

Salmos 44:25 - “Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo, como que pegado no chão”.

  • Observe que o abatimento de alma tem seus reflexos. Se invertermos a ordem do texto, poderemos ver o corpo apontando para a alma;
  • A alma é a sede e refúgio de todas as nossas virtudes e também de tendências pecaminosas e fragilidades. Este recôndito só é conhecido em situações extremas, onde há uma abertura inevitável, ou seja, há situações que, inevitavelmente, abrirão a nossa alma nas respostas que daremos, que por palavras, quer por ação ou omissão;
  • De forma terminal, a alma é a instância final de recursos do nosso ser. Se não temos respostas lógicas e equilibradas em nossa mente, o recurso baixa à instância da alma para manifestação de seus conceitos guardados ao longo da vida e herdados da natureza adâmica. Há conceitos que desenvolvemos e guardamos em nossa alma ao longo da vida. São vícios e hábitos internalizados profundamente. Há outros inumeráveis que são fruto da carne em Adão.

Um Exemplo Pleno de Verdade

Lucas 2.46-52: "Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura. Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera. E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas cousas no coração. E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”.

  • Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. (Praticamente para todos é um problema encontrar um garoto de 12 anos 3 dias depois, conversando tranqüilamente com doutores);
  • E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. (Observe que havia uma motivação justa por trás desta atitude de Jesus. Como Ele a exporá e manifestará diante de seus pais é que é a questão!);
  • Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: "Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura". (A reação dos pais é mais do que esperada e natural. Surge o questionamento inicial, com desejo real de saberem o que levou Jesus a fazer tal coisa. A aflição é manifesta com clareza a Jesus.);
  • "Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (A argumentação de Jesus é consistente e real. É preciso que os jovens aprendam com esta resposta que é verdadeira, firme e objetiva.);
  • "Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera". (Como é próprio dos pais, nem sempre compreendem os intentos reais de seus filhos, inicialmente. Contudo, José e Maria agem com consideração e análise aprofundada);
  • "E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração". (Se toda ação gera uma reação, eis as reações ideais de ambos os lados. Ou seja, ponderação na argumentação de ambos os lados, com diálogo verdadeiro e firme leva a reações equilibradas, mesmo que não haja entendimento de alguns no início);
  • "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens". (Eis o curso natural em uma boa reação para os jovens – o exemplo a ser seguido por todos nós. Diálogo, consideração e respeito dentro da família levam a um crescimento integral. Leiam Hebreus 5.8).

A Suma é:

  • Seja qual for o problema ou a situação, não devemos perder este contato sadio entre jovens e velhos;
  • Usemos as emoções para edificação e não para ocultar problemas ou conceitos;
  • Se a conversa pode ser dura, use o bilhete..., mas use.
  • Lembre-se que Jesus era jovem e exortava velhos ... com Parábolas. Contar uma história comparativa e aplicá-la ao mais velho quase sempre tem efeito muito forte. Veja em Lucas 10.25-37. Veja qual foi a reação do intérprete da Lei;
  • Eis o caminho a ser seguido pelos jovens, ao exemplo de Paulo a Timóteo: "(...) aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino" – 1TM 4.13.
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3 de março de 2007

Petrus


Por: Jota Arumaa
Foto: Autor Desconhecido

Alguns afirmam que a Graça de Deus é incontestável e irresistível, e aplicam este princípio para todas as coisas, desde as menores. E existe uma verdade bíblica irrefutável, no mínimo curiosa: muitas coisas são feitas por Deus, por meio dEle e concedidas mediante a fé humana. Em algum ponto misterioso e maravilhoso, somos responsáveis por nossas escolhas, e ao mesmo tempo nada que acontece no mundo, nem mesmo o mal, está fora do controle e soberania do SENHOR DOS EXÉRCITOS.

Estava o nosso Rei anunciando o Reino de Deus a uma pequena multidão, e resolveu subir no barco de Simão Pedro, pedindo a ele que o afastasse um pouco, de modo a falar a todos os sedentos, porém sem tumulto. Fico a imaginar o que passava pela cabeça daquele pescador simples, desde o momento em que, do seu barco, ouvia uma mensagem tão preciosa; o momento em que JESUS lhe faz o pedido; ouvindo JESUS pregando a tantas pessoas na margem do lago, assentadas, tão compenetradas em Suas Palavras. Imagino o que ele pensava ao se ver por trás daquele Homem, enquanto sentia seu coração sendo arrebatado aos Céus, sentindo-se talvez indigno de abrigá-lo em seu humilde barco de pesca... Somente o privilégio de ter auxiliado de alguma forma a mensagem de amor do Salvador teria bastado para aquele homem!

Mas JESUS tinha um propósito para aquele pescador: olha nos olhos de Simão e lhe ordena que lance suas redes.

Simão não questiona, não duvida, não reclama nem boceja. Por toda a noite tentara encontrar peixes, deveria estar exausto. Mas as palavras de Jesus pareciam corretas demais, verdadeiras demais... “Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos; mas, sobre Tua palavra, lançarei as redes.” (Lc 5,5).

Simão creu, e sob a Palavra dEle, lançou suas redes. E viu um milagre de Deus diante de seus olhos. E como se não bastasse encher dois barcos e quase afundá-los de tantos peixes, Pedro se rende aos pés de JESUS, tomado de espanto: “Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.” (Lc 5,8b).

E JESUS não se retirou da presença de Pedro. Antes, o chamou pra Si.

O mais maravilhoso no amor de Deus é o caráter do Seu amor: incondicional, pleno, acima de toda tentativa humana. Em toda a Sua santidade, pureza e justiça, Ele ainda nos ama e está SEMPRE disposto a reatar conosco, em JESUS CRISTO. Não importa o quão imundo você possa estar: JESUS te ama e está de braços abertos pra te receber e te ser íntimo, se você crer de todo o seu coração.

Já vi muita gente falando mal do apóstolo Pedro. Realmente, a julgar pelo aparente “jeitão” de falar demais e, quem sabe, até ufanante, a impressão que se consegue captar é que Pedro era um tipo de “o discípulo vacilão”, o perneta. A verdade é que Pedro era um pecador como qualquer um de nós, e teve o privilégio de ser um apóstolo do Messias, o homem cujo próprio CRISTO profetizou ser a pedra fundamental da Sua igreja. O homem que literalmente deixou tudo pra trás para seguir o SENHOR (v.11).

“Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” 1Co 1.18”

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