27 de fevereiro de 2007

Um milagrinho aí, pelo amor de Deus!


Por: Carlos Galvão
Foto: Laurent Hamels

É assustador ver a necessidade da maioria das pessoas por um milagrinho. São capazes de encher um estádio de futebol para ver um aleijado sendo curado e fazendo a dancinha da recuperação. Ficam lá, em êxtase, com uma fé coxa. Isso mesmo, coxa. Se alguém precisa ver ou presenciar um milagre para acreditar em Deus e que Jesus Cristo é nosso Senhor é porque a fé deste indivíduo (se podemos dizer que tem fé de fato) é meio perneta na melhor das hipóteses. Mas, voltando a esses grandes cultos ou espetáculos de cura, pelo menos para mim, mais parece um grande freak show, show de horrores. Morro de medo. E ver essas pessoas chorando por um milagrinho que seja como ceguinhos balançando suas canecas na porta de uma igreja a procura de uma moedinha é, simplesmente, aterrador. Tenho a impressão que elas assistiram a muitos filmes de aventura e agora querem que suas vidas sejam repletas de efeitos especiais.

Espere um pouquinho, vou bebericar meu suco e fazer uma pergunta: você realmente precisa de um milagre para acreditar em Deus? Respondam vocês aí e, por favor, não me entendam mal, não sou contra milagres, naturalmente. Apenas acho que não devemos depender dele para acreditar e confiar em Deus.

João 20:27-29 “E logo disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”.

Bom, vamos mudar um pouquinho de assunto. Falaremos de arte agora, mais precisamente de literatura. Ler uma história é, em certo sentido, vivê-la. Insisto, ao ler uma história, damos vida aos personagens na medida em que construímos suas personalidades, as casas que eles vivem, as ruas por onde passam, etc, etc. Da minha parte, posso falar dos mistérios que solucionei ao lado do velho Holmes e do doutor Watson; também já desembainhei minha espada e lutei ao lado de Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan; nadei no rio Mississipi com meu amigo Tom Sawyer; e, para impressionar uma certa Dulcineia Del Toboso - a mais linda criatura sobre a face da Terra, diga-se de passagem – cavalguei ao lado do engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha e seu inseparável escudeiro Sancho Pança.

Se eu já participei de tantas aventuras ao lado destes maravilhosos personagens que nem sequer existiram de fato (pelo menos fora de nossas cabeças), imagine ao lado de pessoas que existiram realmente! Aqui, paro novamente para bebericar meu suco e faço uma nova pergunta: será que essas pessoas sedentas por milagres já leram a Bíblia? Na minha opinião, quem já leu a Bíblia já presenciou todos os milagres que necessita. Se você ainda não leu, por favor, arrume uma Bíblia o mais rápido que puder e faça como eu: caminhe ao lado de Jesus, faça uma forcinha para ver o chão de terra, os cascalhos, as pessoas, os apóstolos, os fariseus, os cegos vendo, os aleijados andando... você consegue ver? Venha, venha, estou andando sobre as águas ao lado de Jesus. Repare os apóstolos no barco olhando assustados... Sim, todos estes milagres são para nós também.
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26 de fevereiro de 2007

Links

Caso vocês queiram ver algumas fotos do Acampamento da UMP de 2007 entrem aqui.

Aqui, aqui e aqui, mais sobre o ministério do nosso querido Pastor Andrew King.
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22 de fevereiro de 2007

Acampamento UMP de 2007


(Texto e foto: Carlos Galvão)

“Cada poeira em cada roupa de cama conta a história da humanidade”, li este verso há muito tempo atrás num blog que já nem me lembro mais.

Nossas vidas são tão cheias de detalhes que nos escapa várias minúcias que as compõem e ajudam a construir nossas personalidades. Mas, perceba, Deus não ignora nada. Ao contrário, tudo acontece de acordo com a Sua vontade e permissão. Mateus 10:30 “E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados”.

Sim, vou falar sobre o Acampamento, calma aí. Antes, convido você, caro leitor, a se lembrar por um momento de cada minúcia do seu dia. Naturalmente você não conseguirá se recordar de todos os mínimos detalhes, mas saiba que eles estão todos aí, dentro de você.

Bom, venha agora comigo, vamos passear um pouquinho pelo Acampamento Ebenézer. Andar pela grama. Repare como o dia está agradável, ensolarado com uma brisa gostosa e refrescante.

Acho difícil tentar exprimir o que significa passar uma temporada no Acampamento Ebenézer sem correr o risco de ser reducionista. Porque, acredite, isso não quer dizer apenas passar alguns dias num lugar agradável, deleitando-se com os louvores, participando dos cultos, divertindo-se nas programações, fazendo amizades ou saboreando refeições apetitosas. Apesar de tudo isso ser realmente muito bom e importante, passar uma temporada no Acampamento Ebenézer é muito mais que isso.

Para ter uma dimensão da abrangência do significado, além do que foi dito, pense em cada sorriso que você recebeu seguido de um “oi” quando passava por alguém (que, às vezes, nem conhecia), pense no seu caráter sendo moldado por Deus a partir do convivo com outros irmãos que estavam ali, nas conversas prazerosas, em quanto você aprendeu sobre as Escrituras nas ótimas exposições de mr. Andrew King, da personalidade séria e divertida de Andrew, pense no dia que faltou água quente para você tomar banho e que você fez uma piada sobre o caso, recorde-se que nada conseguiu deixá-lo de mau humor, e se conseguiu, foi por trinta segundos no máximo. Lembre-se do Müller, Moysés, Maurinho, Lívia, Camila, Paula, Carol, Igor Crazy e tantos outros fazendo graça, das brincadeiras, das pessoas, de cada graminha verde, de cada pedrinha, de cada poeira...

Tudo isso que agora faz parte de você, caso você tenha ido ao Acampamento UMP de 2007.

Gostaria de mandar um grande abraço para mr. Andrew King, Rev. Charley, diretoria da UMP, pessoal do CRC e todos aqueles que colaboraram para tornar o Acampamento da UMP de 2007 inesquecível. Que Deus abençoe vocês e todos nós que participamos.
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3 de fevereiro de 2007

Charismata

Foto: Chris Michel

A palavra charismata vem da palavra grega que significa dom imerecido; e em Rm12.4-8 e I Co12-14 Paulo chama de charismata as habilidades divinamente concedidas para servir (manifestações específicas de charis, “graça”, I Co 12.4. Não é algo que está na dependência de qualquer condição humana como a salvação também não está. A palavra charismata vem da mesma raiz grega charis, que significa graça (“dom imerecido”).

A palavra “dom” (literalmente “dádiva” ou “doação”) aparece em conexão com o serviço espiritual só em Ef 4.7-8. Através do ministério capacitador de pessoas chamadas para os diversos ministérios; Cristo concede uma função a cada cristão.

Nossa maior preocupação deve ser, então, não de tentar classificar detalhadamente o que em nós é dom espiritual ou talento natural. O importante é dispor tudo o que somos e temos para que Deus use para a sua glória. Ele vai fazer de tal forma que nossos talentos sejam uma espécie de estrutura auxiliar para o exercício de nossos dons. Em todos estes casos, o princípio subjacente da operação de Deus em e através de nós é o da nossa dependência do Espírito Santo.

Devemos, continuamente, andar e servir no Espírito (Rm 8.14; Gl 5.16, 25), estando sempre dependentes de sua direção, unção e capacitação para realizarmos qualquer coisa em seu nome. “Uma vida sobrenatural, mediante o poder sobrenatural, está no cerne do cristianismo do Novo Testamento, de forma que aqueles que, embora professando fé, não experimentam nem demonstram este poder, são suspeitos, segundo os padrões neotestamentários” (Packer, 1991, p. 21).

Christiano Pena & Jota Arumaa

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