24 de abril de 2007

A insensatez da incredulidade


Imagem: Francisco de Goya
Por: Greg L. Bahnsen (trad. por Renata de Aquino Barão)

A declaração e os desafios centrais da apologética cristã se expressam na retórica pergunta de Paulo, “Não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (I Co 1:20). Os críticos ataques que se dirigem contra a fé cristã no mundo do pensamento não podem se enfrentar com respostas pouco sistemáticas nem apelando às emoções. A longo prazo, o crente deve responder à investida do não crente atacando a posição do incrédulo em seus fundamentos. Deve desafiar as pressuposições do não crente, perguntando inclusive se é possível o conhecimento, dadas as noções e a perspectiva do não cristão. O cristão pode não estar construindo freqüentemente e de maneira defensiva respostas simples à interminável variedade de críticas apresentadas pela incredulidade; deve tomar a ofensiva e mostrar ao não crente que não tem um ponto inteligível onde se estabelecer, que não tem uma epistemologia consistente, e nenhuma justificação para o discurso, o sermão ou a argumentação significativa. A pseudo-sabedoria do mundo deve ser reduzida a insensatez – em cujo caso nenhuma das críticas do incrédulo tem força alguma.

Se vamos entender como responder ao insensato, se vamos ser capazes de demonstrar que Deus tornou louca à pseudo-sabedoria do mundo então devemos primeiro estudar a concepção bíblica do insensato e sua insensatez.

Pela perspectiva das Escrituras o insensato não é basicamente alguém de mente pequena ou um inculto iletrado; pode ser alguém bastante educado e sofisticado, segundo os cálculos sociais. No entanto, é um néscio porque abandonou a fonte da verdadeira sabedoria em Deus com o propósito de confiar em seus próprios poderes intelectuais (supostamente) auto-suficientes. É alguém que não pode ser ensinado (Pv 15:5); enquanto que o homem sábio presta atenção ao conselho que se lhe é oferecido, “o caminho do insensato aos seus próprios olhos lhe parece reto” (Pv 12:15). O néscio tem uma completa autoconfiança e pensa de si mesmo como alguém intelectualmente autônomo. “O que confia em seu próprio coração é néscio” (Pv 28:26). Um néscio pode não pensar que esteja equivocado (Pv 17:10). Ele julga as coisas de acordo com os seus próprios padrões pré-estabelecidos de verdade e justiça, e assim, a longo prazo, conclui que seus próprios pensamentos sempre terminam corretos. O néscio está certo de que pode confiar em sua própria autoridade racional e em seu exame intelectual. “O insensato se mostra insolente e confiado” (Pv 14:16), e, portanto profere sua própria opinião (Pv 29:11).

Na realidade, este homem autônomo é inconveniente, obstinado, grosseiro, insistente e tolo. Professa ser sábio em si mesmo, mas desde o momento que abre sua boca fica claro que é (no sentido bíblico) “um néscio” – sua única sabedoria melhor consistiria em ficar em silêncio (Pv 17:28). “O coração dos tolos proclama a estultícia” (Pv 12:23), e o néscio manifestará estultícia (Pv 13:16). Alimenta-se de nesciedades de maneira irreflexiva (Pv 15:14), logo a derramará (Pv 15:2) e retornará a ela como um cachorro torna ao seu vômito (Pv 26:11). De modo que está tão envolvido com sua nesciedade e tão dedicado a sua preservação que “é melhor uma ursa roubada dos filhos que o insensato com sua estultícia” (Pv 17:12). Ainda que pode ser que finja objetividade, “o tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração.” (Pv 18:2). Está comprometido com suas próprias pressuposições e deseja salvaguardar sua autonomia. De modo que não se apartará do mal (Pv 13:19), e assim, toda a sua fala culta não revela nada exceto seus lábios perversos e mentirosos (Pv 10:18; 19:1). Pode falar de maneira orgulhosa, mas “a boca do néscio é quebrantamento para si, e seus lábios são laços para sua alma” (Pv 18:7). Não suportará o juízo de Deus (Sl 5:5).

Como um homem se converte em tal néscio auto-enganado e supostamente autônomo? Um néscio despreza a sabedoria e a instrução, negando-se a iniciar seu processo pensamento com a devida reverência ao Senhor (Pv 1:7). Rejeita os mandamentos de Deus (Pv 10:8) e até se atreve a censurar ao Todo-Poderoso (Sl 74:22; Jó 1:22). “O pensamento do néscio é pecado” (Pv 24:9). O néscio não será governado pela palavra de Deus; é anárquico, assim como seu pensamento é anárquico (pecaminoso, I Jo 3:4). Ao rejeitar a lei ou a palavra de Deus, o néscio respeita sua própria palavra e lei em seu lugar (é dizer que é autônomo). As Escrituras descrevem à gente que não conhece a Deus, Seus caminhos e Seus juízos como néscios (Jr 4-5). O néscio vive em uma prática ignorância de Deus, pois em seu coração (do qual manam os assuntos cruciais da vida, Pv 4:23) o néscio diz que Deus não existe (Sl 14:1; Is 32:16). Vive e raciocina de uma maneira atéia – como se ele fosse seu próprio senhor. Em lugar de ser guiada de maneira espiritual, a visão do néscio está atada à terra (Pv 17:24). Serve a criatura (a autoridade de sua própria mente) em lugar de servir ao Criador (Rm 1:25).

O homem que ouve as palavras de Cristo e ainda assim edifica sua vida sobre o rejeito daquela revelação de um néscio (Mt 7:26), e o homem reprime a revelação geral de Deus no âmbito do criado também é descrito como um tolo (Rm 1:18). Fica bastante claro, então, que o néscio é um que não faz de Deus e Sua revelação o ponto de partida (a pressuposição) de seu pensamento. Os insensatos desprezam o sermão da cruz, se recusam a conhecer a Deus, e não podem receber a palavra de Deus (I Co 1-2). O homem que se auto-proclama autônomo, o não crente, não se submeterá à palavra de Deus nem edificará sua vida e pensamento nela. Portanto, a incredulidade e a ignorância da vontade de Deus produzirão a insensatez (I Co 15:36, Ef 5:17).

Como resultado, o néscio possui a concentração necessária para encontrar a sabedoria; de maneira vaidosa pensa que se pode obter ou dispor dela de maneira fácil (Pv 17:16, 24). Ao se gloriar no homem o pensamento do néscio se faz inútil e vergonhoso (I Co 3); seu coração se escurece, e sua mente se enche de vaidade (Rm 1:21). Devido a sua incredulidade e rebelião contra a palavra de Deus, o néscio não tem lábios cheios de ciência (Pv 14:7). De fato, deve-se que não escolhe reverenciar ao Senhor, o néscio aborrece o conhecimento (Pv 1:29). O não crente que critica a fé cristã é este tolo que descrevemos antes. Ao responder ao néscio o apologista cristão deve ter como meta demonstrar que a incredulidade é, a final de contas, destrutiva para todo o conhecimento. Deve mostrar ao néscio que sua autonomia é hostil ao conhecimento – que Deus enlouquece a sabedoria do mundo.

Tradução: Renata de Aquino Barão – renata.aquino@hotmail.com
Para o site: Monergismo – www.monergismo.com
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18 de abril de 2007

40: tempo de Deus?

Por: Jota Arumaa
Foto: Chris Michel

Como é difícil aceitar as coisas fora do nosso tempo! A cada dia que passa mais parece que o caminho que nos leva aos nossos sonhos se extende numa estrada sem fim, e mais e mais fé nos é provada nas coisas que concernem ao Espírito e não a este mundo caído. A Bíblia ensina que existe tempo para tudo (Ec 3) e o SENHOR também permite que o tempo trate nosso coração e nossa alma para que não nos percamos em nossos caminhos.

Em vários trechos bíblicos vemos um curioso tempo que DEUS utilizou para tratar os homens: 40 anos e 40 dias (e noites). Temos ricos exemplos disso desde o Gênesis, nos 40 dias e noites de chuva intensa que redefiniram a Terra (Gn 7.4), passando pelo período de reinado dos reis de Israel (I Reis 2.11, 2.42 e II Reis 12.1), até o jejum de CRISTO no deserto, preparando-se para Sua missão (Mt 4.1). Vários homens se casaram aos 40 anos, a própria terra em que o povo habitava obteve paz e descanso em tempos de 40 anos (Jz 3.11 e 8.28) e até os egípcios tomaram 40 anos de trato da parte de DEUS, conforme Ezequiel 29.

Tabém segundo Gn 50.3 e diversas fontes históricas pesquisadas, 40 dias é o período que se cumprem os dias de embalsamação egípcia (!). Costumavam empacotar o corpo e cobrí-lo com natro, um tipo de sal, e era então deixado para desidratar durante 40 dias(*). É sabido que este tempo é suficiente para livrar o cadáver de quaisquer bactérias(**).

Creio que a melhor e mais completa demonstração de tratamento espiritual está no êxodo do povo do Egito. Em Atos 7.23 nos é revelado que Moisés viveu 40 anos na presença de faraó, e então “veio-lhe ao coração visitar seus irmãos, os filhos de Israel”. Moisés fugiu para o deserto, e pastoreou ovelhas. “E passados mais 40 anos, apareceu-lhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça.” (v.30). Depois de retirar o povo do egito, sob o comando do SENHOR, em Ex 24.18 é dito que após Moisés subir ao monte Sinai ele só retornou com as tábuas da Lei depois de 40 dias e 40 noites... E por outros 40 anos o povo foi tratado pelo SENHOR no deserto (Nm 14.33).

Se o SENHOR concedeu a Moisés exatos 40 anos para cada assimilação cultural pela qual passou, não sabemos. A meu ver, tudo indica que os 40 anos simbolizam uma totalidade, um tempo necessário para que haja uma transformação no espírito e no caráter dos homens.

Muitos sempre enxergam Moisés como um jovem inocente e temente ao SENHOR, mas não foi bem assim. Além de ter tirado a vida de um soldado egípcio e tê-lo escondido na areia (Ex 2.12) sem demonstrar nenhuma sombra de remorso, passou de uma vida de iguarias na casa de faraó para uma dura jornada no deserto, pastoreando ovelhas. Moisés precisava de tratamento. E como houve tratamento no êxodo do Egito!

Mas, afinal de contas, qual o sentido disso tudo? Pra que precisamos de tratamento, de tribulações, de tantos desafios, de tantas melhorias? Em Eclesiastes, Salomão dá uma aula do porque da necessidade do tempo para nosso tratamento:

Ec 17-20:
“Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo propósito e para toda obra. Disse eu no meu coração: Isso é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os brutos. Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.”

Segundo o sábio Salomão, o SENHOR tem um propósito com o tempo que Ele nos concede, e este propósito é tratamento espiritual.

Irmãos, fé e perseverança são características de um servo de JESUS. Por mais que o mundo grite o contrário, não devemos andar por vista, mas pela fé no Filho de Deus (II Cor 5.6-8). E como é difícil! A nossa geração tem sido marcada pelo imediatismo, pelo egocentrismo, pelo prazer hoje e agora, em todas as áreas... E quando as coisas não acontecem como planejamos ou “dão errado”, muitas vezes jogamos a culpa pra Deus, nos esquecendo que Ele nos ama e está no controle de todas as coisas.

Sl 37.7-9:
“Descansa no Senhor, e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios.
Deixa a ira, e abandona o furor; não te enfades, pois isso só leva à prática do mal. Porque os malfeitores serão exterminados, mas aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra.”

Is 40.29-31:
“Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor.
Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão.”


A Bíblia está cheia de promessas de Deus para aqueles que nEle esperam... que nEle esperam!

(**)http://www.discoverybrasil.com/egito/morte_egipcia/mumificacao/index.shtml
(**)http://www.civilization.ca/civil/egypt/egcr06e.html

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12 de abril de 2007

Não Vos Conformeis com este Século – 3ª parte


Imagem: "O Grito" de Edvard Munch
Por: Carlos Galvão

Romanos 12:2 – “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.


Aqui estamos, meus caros, na terceira e última parte desta emocionante trilogia “Não Vos Conformeis com este Século”. Nesta 3ª parte, trataremos daquela entidade maligna e corcundinha chamada Marxismo.

Bom, pensei em escrever sobre o Marxismo numa bela e inspiradora manhã de Domingo, o Sol brilhava num céu azul-celeste, os passarinhos cantavam alegremente e uma leve brisa brincava com meus cabelos. Ah, era uma daquelas fantásticas manhãs em que o Carlinhos se encontra com seu famoso e contagiante bom humor. Enquanto andava assobiando uma linda canção, encontrei-me com uma querida amiga e começamos a conversar. Foi então que, para a total surpresa e descontentamento de Carlinhos, o papo começou a seguir por caminhos sinistros e lamacentos.

A conversa acabou chegando ao horripilante Comunismo e minha querida amiga, sendo uma fervorosa defensora de Marx e sua espevitada gangue, ficou profundamente assustada ao perceber que este assunto, além de produzir uma espuminha no cantinho da minha boca, fazia meu rosto se contorcer com um sinistro tique nervoso. Assustada com minha reação, perguntou-me o que eu tinha contra o Comunismo. Nesta hora, não vi alternativa senão abrir totalmente meu coração: “Marx fala que a religião é o ópio do povo, por isso deve ser eliminada!”.*

Minha amiga, que antes estava apreensiva pensando em mil e uma críticas que eu faria, ao ouvir o motivo da minha repulsa ao Comunismo, sorriu aliviada e disse: “Ah, então é isso...”.

Confesso, meus caros, eu inocentemente acreditava que minha amiga, por ser cristã como eu, apoiar-me-ia incondicionalmente. Sim, eu esperava que ela me abraçasse chorando e entre soluços dissesse que não sabia como pôde ter sido iludida por tanto tempo. Mas o que eu ouvi foi: “Ah, então é isso...” seguido de um sorriso de alívio.

Vamos imaginar que eu fosse um judeu sentindo uma indisfarçável repulsa ao Nazismo. Então um nazista (ou simpatizante), assuntado com minha repulsa (que para ele é anormal), perguntasse por que eu tinha tanto nojo do Nazismo. Eu diria: “O Nazismo prega a hierarquia de raças e defende a eliminação das que julga inferiores...”. E ele, ao ouvir aquilo, sorrisse aliviado (pois, imaginem vocês, ele estava apreensivo esperando que eu pudesse dizer algo que desqualificasse o Nazismo!). Então ele sorri aliviado e diz: “Ah, então é isso...”.

Na minha inocência, penso que se um cristão se depara com o argumento que fiz no começo deste texto em relação ao comunismo, ele é obrigado, por principio, a rejeitar essa ideologia. Reparem, não é preciso nem dizer que os cristãos foram covardemente perseguidos, torturados e mortos nos países comunistas (porém, penso eu que, se um cristão possui conhecimento destes fatos e mesmo assim insiste em defender o Comunismo, ele é um verdadeiro canalha). Mas, sim, sim, eu sei, sou muito simplista por analisar uma questão tão profunda e intrincada assim por esta perspectiva.

Bom, imagino que algumas pessoas queiram outros argumentos contra o Comunismo já que perseguir religiosos não é tão ruim assim. Então, vamos lá:

1) O Comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas.

“O socialismo matou mais de 100 milhões de dissidentes e espalhou o terror, a miséria e a fome por um quarto da superfície da Terra. Todos os terremotos, furacões, epidemias, tiranias e guerras dos últimos quatro séculos, somados, não produziram resultados tão devastadores. Isto é um fato puro e simples, ao alcance de qualquer pessoa capaz de consultar O Livro Negro do Comunismo e fazer um cálculo elementar”.
(Que é ser socialista? - Olavo de Carvalho - Jornal da Tarde, 28 de outubro de 1999)

Leia: O Livro Negro do Comunismo

2) No Comunismo, o Estado controla tudo, não existe Comunismo sem ditadura, sem repressão (seja religiosa, cultural ou até a simples liberdade de ir e vir), sem lavagem cerebral, sem tortura, etc, etc.

“E vossa educação não é também determinada pela sociedade, pelas condições sociais em que educais vossos filhos, pela intervenção direta ou indireta da sociedade, do meio de vossas escolas etc.? Os comunistas não inventaram essa intromissão da sociedade na educação, apenas mudam seu caráter e arrancam a educação da influência da classe dominante”.
(O Manifesto Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels)

“As acusações feitas contra o modo comunista de produção e de apropriação dos produtos materiais tem sido feitas igualmente contra a produção e a apropriação dos produtos do trabalho intelectual. Assim como o desaparecimento da propriedade de classe eqüivale, para o burguês, ao desaparecimento de toda produção, também o desaparecimento da cultura de classe significa, para ele, o desaparecimento de toda a cultura. A cultura, cuja perda o burguês deplora, é, para a imensa maioria dos homens, apenas um adestramento que os transforma em máquinas”.
(O Manifesto Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels)
“Para o marxista, a História, por definição, não é ciência descritiva ou explicativa, mas arma de luta por um objetivo bem determinado. “Não se trata de interpretar o mundo, mas de transformá-lo.” O passado não tem pois aí nenhum direito próprio à existência, senão como pretexto para o futuro que se tem em vista. Daí que deformá-lo seja, para o historiador marxista, um direito e até um dever”.
(História marxista é charlatanismo - Olavo de Carvalho - O Globo, 27 de maio de 2002)

Por favor, assistam a estes vídeos aqui:

Pelo menos a este primeiro aqui:
(não precisa saber espanhol, veja o desenho que você vai entender)

3) O Estado controla tudo, inclusive a família. Aliás, a abolição da família é um objetivo.

“Abolição da família! Até os mais radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas. Sobre que fundamento repousa a família atual, a família burguesa? No capital, no ganho individual. A família, na sua plenitude, só existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na supressão forçada da família para o proletário e na prostituição pública. A família burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento e uma e outra desaparecerão com o desaparecimento do capital. Acusai-nos de querer abolir a exploração das crianças por seu próprios pais? Confessamos este crime. Dizeis também que destruímos os vínculos mais íntimos, substituindo a educação doméstica pela educação social”.
(O Manifesto Comunista - Karl Marx e Friedrich Engels)

Assistam a este filme-documentário aqui:

4) Economicamente já está mais que provado por estudiosos sérios que o Comunismo não funciona.

Vou ficar por aqui, mas poderia citar mais.

O pior do Marxismo (ou Comunismo) é a sua suposta bondade. Não há espaço para a moral cristã ou de qualquer outra religião, pois a bondade e a moral comunista se projeta dentro de sua própria ideologia e se fecha em si própria. Vocês já repararam que para os defensores desta ideologia todos os seus opositores são maus, contra o pobre, o humilde, o fraco, o ser humano, etc, etc? Não há nem possibilidade de crítica ou diálogo. Eis aí por que o Marxismo repele as religiões, ele é sua própria religião, seu próprio padrão de conduta moral, de bondade.

Vocês se lembram quando eu falei no texto anterior: “não há maldade maior que de uma pessoa que acredita na própria bondade”?

“É o que afirma Besançon: O comunismo é mais perverso que o nazismo porque ele não pede ao homem que atue conscientemente como um criminoso, mas, ao contrário, se serve do espírito de justiça e de bondade que se estendeu por toda a terra para difundir em toda a terra o mal. Cada experiência comunista é recomeçada na inocência”.
(Comunismo versus nazismo - O charlatanismo de esquerda - José Maria e Silva)
O livro aqui.

* Coloco aqui a citação do próprio Marx: "A religião é o suspiro da criatura aflita, o estado de ânimo de um mundo sem coração, porque é o espírito da situação sem espírito. A religião é o ópio do povo" Karl Marx

P.S. Quando falo de Comunismo, refiro-me ao de Marx e ao que segue depois dele - que não passam de notas de rodapé; por isso, não faço distinção entre Marxismo e Comunismo.

Mais links:

Notícias faltantes - Olavo de Carvalho - Jornal da Tarde, 3 jan. 2002

A teoria da exploração do socialismo-comunismo - Eugen von BÖHM-BAWERK – Tradução: LYA LUFT

Do marxismo cultural - Olavo de Carvalho - O Globo, 8 de junho de 2002
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8 de abril de 2007

O verdadeiro sentido da Páscoa


Foto: FPG
Por: Renata de Aquino Barão (29 de março de 2007)

Desde quando acabou o carnaval, os supermercados, chocolatarias e lojas que vendem doces estão com grande movimento. Isso se deve à Páscoa. Os corredores já estão tomados por ovos e ornamentados com figuras de coelhos, pegadas e orelhas.

Na Idade Média, ovos eram dados em pagamentos de aluguéis de terras, e esses pagamentos eram feitos na época da Páscoa. O costume de pintar ovos veio com a cristandade primitiva. O ovo simbolizava vida e ressurreição.

Na Alemanha, encontramos a relação entre os ovos de páscoa e os coelhos. Alguns defendem que a relação entre eles é que o coelho deixava seu habitat e caçava comida durante a primavera, ou seja, páscoa na Alemanha, e por isso, escondiam os ovos. Outros crêem que, em traduções antigas, o coelho era citado como símbolo de Cristo. Outros pensam que não há relação alguma e divertem as crianças com galos, raposas ou cegonhas que trazem os ovos coloridos. Seja qual for a fiel relação, o coelho não põe ovo. Nem a raposa, já que ambos são mamíferos.

O que poucas pessoas sabem é que a Páscoa foi instituída por Deus. É a mais antiga das festas judaicas. Era celebrada ao décimo quarto dia do primeiro mês, durante sete dias consecutivos, no período do crepúsculo. Os judeus celebravam a saída do povo eleito de Deus do Egito. Os participantes se vestiam como se fossem viajar. A Páscoa passou a ser celebrada desde que Deus disse a Moisés e a Arão que cada família da congregação deveria tomar um cordeiro, ou um cabrito. O sangue do animal seria passado nas ombreiras e nas vergas das portas das casas onde seriam comidos. Na noite de Páscoa, Deus passaria pela terra do Egito, e o sangue seria o sinal de que ali não haveria a praga que destruiria todos os primogênitos, homens e animais, da terra egípcia. Esse relato é encontrado na Bíblia, no livro de Êxodo, e ainda é recitado nas celebrações pascoais entre os judeus.

A Páscoa foi celebrada por todas as nações desde então. Após a “morte” de Jesus, a Páscoa passa a ser relacionada ao seu sacrifício. Essa conexão direta se deve ao fato que Jesus é o Cordeiro Pascal por excelência, que foi dado em sacrifício por todos os homens. A semana que deveria ser santa foi resumida ao final de semana. O povo de Deus não pode mais celebrar os sete dias de festa. Mesmo que essa celebração fosse espiritual.

Apesar disso, são poucos os que lembram esse maravilhoso ato de amor. Hoje, a grande maioria vê na Páscoa motivo de viagem, de chocolates e até mesmo de coelhos. A comemoração é pelo feriado. O Cordeiro, não aquele que era sacrificado pelos judeus nos tempos remotos, mas sim o cordeiro de Deus não está mais presente.

A Igreja Católica instituiu as sextas-feiras como dias santos, em memória do sacrifício de Cristo. Nesses dias, os fiéis deveriam se abster do consumo de carne vermelha. Com isso, chegaram às mesas as famosas bacalhoadas. Conseqüentemente, caiu também o significado da ingestão de carne branca na chamada Sexta-Feira da Paixão de Cristo.

A verdade é que Deus não está interessado se as pessoas vão consumir bacalhau, frango, carne de boi, macarrão ou um alimento de qualquer espécie. Não há uma comparação para o sacrifício de Jesus na cruz. Não há como retribuir a Deus esse sacrifício com a abstinência de alimentos, ovos de chocolate, ovos pintados. Jesus não merecia estar ali. E mesmo assim ele se doou e fez a vontade do Pai.

Portanto, não faz sentido algum celebrar a Páscoa, se não há nos corações humanos o amor a Jesus. A humanidade está cada vez mais afastada das coisas de Deus. Mesmo aqueles que estão na igreja, e se estes não abrem mão das coisas do mundo, não celebram a verdadeira Páscoa.

A imagem de Cristo na cruz deve ser motivo de reflexão, de arrependimento, de perdão, de alegria. É motivo de engrandecer ao Deus que criou a tudo e a todos. É motivo de honrar e glorificar àquele que pagou pelos pecados do mundo, que sofreu em lugar de todos os pecadores. É motivo de crer que Jesus é o único Senhor e Salvador e que somente por ele pode se chegar ao Pai.

Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra
Internet: Escola Dominical

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". – João 3:16

A divulgação deste está autorizada pelo autor, desde que não haja alterações e que as fontes sejam mantidas.
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